Projecto realizado com Specialized Crosstrail Deluxe Elite gentilmente oferecida por Motovedras
DESCRIÇÃO 28.06.2010
08:45h - Saída de Vila Velha de Ródão
11:00h - Chegada a Castelo Branco » ver percurso
16:30h - Reunião na C.M. de Castelo Branco
18:00h - Visita pela cidade
Total do dia: 46 km em 2:40h
Total de projecto: 1455 km desde 22.05.2010
RELATO PESSOAL
Uma noite de descanso no quartel dos bombeiros de Vila Velha de Ródão, depois de assistir a um fogo de artifício, no encerramento da Feira de Actividades Económicas Transfronteiriça. De manhã cedo, para fugir do calor, arranco para Castelo Branco.
- O equipamento de combate aos incêndios sempre em local de fácil e rápido acesso
- A "Poderosa" carregada e pronta para mais uma etapa, tal como o carro de combate a incêndios
- Alguém adivinha o nome desta localidade?
Há anos que se discute acerca das abreviaturas na toponímia das localidades. Ainda não se chegou a concenso. Aqui, Gavião do Ródão, a ver o nome encurtado.
- A sinalética de indicação de destinos está quase sempre orientada de forma a estimular o condutor a utilizar a autoestrada. Neste caso, eu que não quero (nem posso) seguir pela autoestrada, tenho de tentar adivinhar qual a saída para Castelo Branco, por via secundária. Felizmente, tenho os mapas de estradas comigo.
- A alternativa à Autoestrada: o IP2
Na última geração, Portugal cresceu tanto em auto-estradas, que até algumas das vias mais recentes, como o IP2, passaram a ser chamadas pela população de "estrada antiga", em certos troços. Entre Vila Velha de Ródão e próximo de Castelo Branco, o cúmulo aconteceu: construiu-se uma auto-estrada pararela ao IP2, a cerca de 100 metros de distância. Resultado: o IP2, neste troço, transformou-se numa estrada fantasma. Chega a ser assustador percorrê-la de bicicleta, tal é o silêncio, nesta via com características de via rápida.
- A "estrada fantasma", em muitos casos, com vias de aceleração e desaceleração, separador central e sinalização de segurança, preparados para um tráfego intenso de ligeiros e pesados.
- A "estrada fantasma" em toda a sua plenitude
- A 100 metros, paralelamente, segue a A23, uma via Sem Custos para o UTente (SCUT), mas que acabamos todos nós por a pagar, a quem a gere. Quem será?
- A A23 aqui a cruzar a "estrada fantasma" (IP2), em passagem superior
- Uma estação de serviço semi-deserta, na "estrada fantasma".
- Mais uma vez, a sinalética de indicação de destinos a encorajar o condutor a seguir pela auto-estrada. Pergunto-me: quem ganhará com isso? Seguindo pela direita, a distância para Castelo Branco é ainda
menor que pela A23. Mas o destino "Castelo Branco" não está lá indicado.
- O primeiro avistamento da Serra da Estrela, ao fundo na foto
- Ao fundo na foto, depois da onda de calor, a A23 continua a ser perseguida pela "estrada fantasma", o IP2
- A23 e IP2, duas vias paralelas ao longo de muitos quilómetros. Demasiados até.
- A chegada a Castelo Branco fez-se pela entrada Sul, uma avenida remodelada recentemente, em alguns troços, que liga ao parque industrial, a 3 km. Um arruamento com uma via, larga, em cada sentido.
- Não resisti a fazer uma simulação gráfica de uma solução possível, para ligar o centro da cidade ao parque industrial, com um corredor ciclável. Basta pintura, alguma sinalização vertical, medidas de acalmia de tráfego, informação e sensibilização da população e alguma vontade política.
- Depois de um bom duche, uma visita pelo quartel de bombeiros de Castelo Branco, onde pernoitarei, com a gentil autorização do comandante. Aqui, no Heliporto, com visita guiada a explicar a técnica de triangulação de meios, no combate aos incêndios florestais, no distrito de Castelo Branco
- A cabine de comando do Heli
- O rotor de cauda
- De tarde, reunião na Câmara, com a Otília Caetano, técnica engenheira e chefe da Divisão de Ambiente e Qualidade de Vida. Uma conversa de hora e meia, com muitos pontos de vista de ambas as partes a mostrarem ter muito em comum. Falta vencer a inércia política de quem tem a capacidade de criar e desenvolver sustentadamente a cidade. Os técnicos, esses, já sabem há 20 anos o que fazer, e como.
- Visita pela cidade de Castelo Branco, a cidade que cheira a campo. Aqui, uma cegonha numa antena de TV.
- A "Poderosa" num largo recentemente pedonalizado, com o castelo em fundo.
- Avenida na zona central da cidade, com via paralela para acesso a estacionamento
- Não resisti novamente. Tão simples que era ....
- Um bom exemplo de mobilidade e qualidade de vida: passeios e lancis rebaixados em zona de passagem de peões.
DADOS TÉCNICOS para cálculo de emissões de CO2
Malas, sacos e alforges: 6, com um total de 25kgConsumo de líquidos: 2 litros de água
Outros modos de transporte utilizados: nenhum
Duches: 1, de aprox.10 minutos
Peças de roupa lavada: 1 calções de ciclismo, 1 par de meias
Horas de utilização de computador: 3:00h
Visualizações do blogue: 400
Novos amigos no Facebook: 20
Carregamento de telemóvel e lanterna: Mala Solar com painéis fotovoltáicos
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
MOTOVEDRAS, pelo excelente equipamento que me cedeu.
DIMODA, pelos fatos da Pierre Cardin que me cedeu, para usar nas cidades.
JP SA COUTO, pelo excelente PC Magalhães 2 que ofereceu para esta viagem
OFF7, pelo cálculo e compensação de emissões de CO2.
Bio Future House, pelas malas com painés foto-voltáicos que me carregam o telemóve e a lanterna.
Instituto Geográfico do Exército, pela oferta dos mapas de estradas que me orientam.
Aos Bombeiros de Castelo Branco, pela cama por uma noite
À Carolina, minha mãe, por todos os dias acender uma vela de azeite a Nossa Senhora de Fátima.
Paulo Guerra dos Santos
Mais umas pedalas por esse pais fora! Espero que tenhas força de vontade porque não é nada facil fazer tantos dias de seguida mesmo por poucos km que sejam ;) Só para ver que ninguem trabalha tanto dia seguido ;)
ResponderEliminarJá agora... como estas a aguentar-te com o tempo? não está muito calor? ou fazes gestão nesse sentido?
Boa noite (quase bom dia)!
ResponderEliminarEspero que essa viagem esteja a correr optimamente bem. Cansativa deve ser, mas muito gratificante. Apenas agora me deparei com o seu blog e para minha surpresa acabou mesmo agora de passar por Castelo Branco, a minha cidade. Foram simpáticos consigo? O tempo estava de esturrar? ahahah, realmente não deve ser muito agradável percorrer o pais com as temperaturas que costumamos ter em pleno verão.
Ande pela sombra (coisa que não deve ser fácil). Já agora, tem razão, às vezes tornasse incompreensível porque não usamos as alternativas à A23.. Comodismo, digo eu.
Boa sorte no resto da pedalada!
Olá Paulão, já sabes que agora não te vou largar, vou-te seguir até ao fim do mundo (caso lá vás lolololol) reparei que nas duas fotos que tens seguidas (a do rotor do heli e da Engenheira Otília) mudaste de expressão, pois, eu compreendo… são muitas horas a peladar sozinho ehehehehehehehe. Agora a sério, como digo aos meus rapazes, o importante é chegar ao fim e cumprir a missão, tudo o resto são pormenores.
ResponderEliminarForça o GT está contigo…
Bom dia Paulo,
ResponderEliminarTenho seguido o blog, com a descrição da viagem, e cada vez estou mais impressionado com a coragem e persistência.
Pela minha parte, e como homenagem, comecei a utilizar a bicicleta nas minhas deslocações diárias (Vivo e trabalho no Porto).
Um muito obrigado, e cá o espero, no Porto.
Manuel Barros
Piri-piri, desde há duas semanas para cá, pedalo entre as 07:00h e as 10:00h, para evitar as horas de maior calor. Assim, arranco com temperaturas matinais na ordem dos 20ºC
ResponderEliminarLibelinha, fui muito bem recebido em Castelo Branco, quer na Câmara, quer nos Bombeiros. Boa gente, boa terra.
Gambutas, o meu próximo projecto será "100 dias de bicicleta atá ao fim do mundo" Encontramo-nos lá :) E para além de chegar ao fim e cumprir a missão, também é importante vivê-la dia-a-dia, com intensidade, e parar em cada estação e apeadeiro até ao final.
Manuel, parabéns e bem vindo ao grupo de pessoas com audácia e capacidade de viver o dia-a-dia de forma consciente. Vêmo-nos no Porto.
Um grande abraço a todos.
Paulo
Olá Paulo:
ResponderEliminarTenho seguido atentamente, esta caminhada tal como prometi.
Agora acabaram-se as planícies e na Beira vem a serra, há que pedalar com mais afinco e gerir bem o esforço.
Força que eu vou ficar atento e dando uma forcinha para que esta iniciativa seja um sucesso.
Um abraço
Duarte
Olá Paulo
ResponderEliminarForça aí!
Vais ficar famoso!!
Continuamos a seguir-te!!
Bjs
Elvira e Cia
Paulo,
ResponderEliminarEstá descansado que quando as SCUT começarem a ser pagas, mais gente vai utilizar as vias alternativas gratuitas (eu sou um deles).
Grande abraço