DESCRIÇÃO
09:30h - Saida de Moura
12:30h - Chegada a Portel
13:00h - Almoço
14:00h - Visita à escola
15:00h - Visita a Portel
17:00h - Saída para Évora
19:00h - Refeição em Viana do Alentejo
21:00h - Chegada a Évora
Total do dia: 103 km em 7:00h
Total do Projecto: 1095 km
HIPERLIGAÇÃO DO DIA
Sistema, de baixo custo, de partilha de bicicletas em Paris » ver aqui
RELATO PESSOAL
Um dia sem exemplo, pelos quilómetros percorridos. 103 km num dia é acima de tudo ultrapassar-me a mim próprio, às minhas capacidades físicas, e à resistência psicológica, por nunca mais ver o final da estrada. As rectas infinitas do Alentejo são uma barreira acima de tudo psicológica. Ultrapassá-la com a própria energia do corpo, satisfaz-me em pleno.
- Comecei o dia no arranque para um passeio em bicicleta, de alunos da EB 2,3 de Moura no último dia de aulas
- A Elvira, minha anfitriã e professora na escola, e sua filha Sofia, que participaram no passeio
- A PSP dá também o exemplo, acompanhando de bicicleta
- Eu e o grupo, antes da partida. Eles seguiram para Sul. Eu, para Noroeste.
- No caminho para Portel, estrada com berma estreita proporciona ultrapassagens a pouca distância. A deslocação de ar provocada por um veículo pesado é relevante.
- Última vista sobre Moura, já ao longe
- Paidagem típica Alentejana, no caminho para Portel
- A onda de calor "molha" a estrada
- Passagem pela Barragem do Alqueva
- O outro lado da barragem
- A área de influência da barragem é enorme e cria ambientes lindíssimos, cheios de vida
- Chegada a Portel, com o seu castelo imponente
- Almoço numa tasca de Portel. Depois do café, o Magalhães 2 liga-me ao mundo através da rede
- Passagem pela EB 2,3 de Portel. É o último dia de aulas, e já praticamente não há alunos na escola. Uma conversa rápida com professores, e fica a promessa de voltar num futuro próximo
- Uma rua de Portel. Por estes lados não se coloca o problema do tráfego ou das velocidades excessivas.
- O extraodinário Castelo de Portel. Para um engenheiro, as ruínas mostram muito: elementos estruturais, arruamentos, estratégia militar, drenagem de águas pluviais, logística de armazenamento, cisternas, fornos, etc ... Com muito potencial, à espera de ser recuperado.
- Momento de descanso antes de partir para Évora
- As intermináveis rectas do Alentejo. Esta, entre Portel e Viana do Alentejo
- Fauna e Flora do Alentejo
- A "Poderosa" e o Alentejo
- Numa tasca em Viana do Alentejo, parei para comer uma bifana. Estes locais, curiosos com a "Poderosa", metem conversa. Um diz-me "Passei por si da carro. Vem de Portel, não vem?". Respondi: "Não. Venho de Lisboa", e foi o mote para se pagarem umas rodadas de minis, e fazer novos amigos numa conversa de humor e seriadades, à volta da bicicleta.
- Mais rápido que a própria sombra, a caminho de Évora
- Salto de paraquedas, em tandem, no aeródromo de Évora
- Finalmente, Évora à vista
EMOÇÕES, SENTIMENTOS, PENSAMENTOS E OUTRAS CAROLICES
A bicicleta como meio de deslocação permite interacções humanas dificilmente acessíveis com um automóvel. A admiração por quem usa a bicicleta para viajar pelo país tem-me surpeendido pela positiva. Os locais, alunos, professores e até estrangeiros ficam surpreendidos com a dimensão, em tempo e distância, deste projecto. Nem preciso falar dos seus objectivos (promoção da bicicleta como meio de transporte) e logo as pessoas vêm falar da sua admiração e respeito por quem usa a bicicleta diariamente. E oiço com frequência: que pena eu não ter tempo!
E é disso mesmo que se trata: TEMPO! Alguns vendem uma parte do seu tempo em troca de euros para pagar as despesas que têm com o automóvel, outros usam-no a seu favor gerindo-o em proveito próprio.
Hoje, a 40 km de Évora, rebentou-me um pneu. Demasiada pressão para a carga que transporto criou-me uma bolha na roda de trás. Reduzi a pressão e o pneu aguentou até Évora, com uns solavancos a cada volta. Ao chegar a casa, novo furo na câmara de ar da roda da frente. Pressão demasido elevada. É com a experiência que se aprende. Daqui para a frente, só utilizarei a bomba de mão, e não as bombas de ar das estações de serviço. muitos delas desreguladas em termos de pressão.
DADOS TÉCNICOS para cálculo de emissões de CO2
Malas, sacos e alforges: 6, com um total de 25kg
Consumo de líquidos: 3 litros de água
Consumo de sólidos: 12 bolachas de cereais, 1 laranja, 1 banana
Outros modos de transporte utilizados: nenhum
Duches: 1, de aprox.10 minutos
Refeições: Almoço, Carne de Porco Guisada
Jantar, Pizza
Peças de roupa lavada: 1 calções de ciclismo, 1 par de meias
Horas de utilização de computador: 3:00h
Visualizações do blogue: 500
Novos amigos no Facebook: 30
Carregamento de telemóvel e lanterna: Mala Solar com painéis fotovoltáicos
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
MOTOVEDRAS, pelo excelente equipamento que me cedeu.
DIMODA, pelos fatos da Pierre Cardin que me cedeu, para usar nas cidades.
JP SA COUTO, pelo excelente PC Magalhães 2 que ofereceu para esta viagem
OFF7, pelo cálculo e compensação de emissões de CO2.
Bio Future House, pelas malas com painés foto-voltáicos que me carregam o telemóve e a lanterna.
Instituto Geográfico do Exército, pela oferta dos mapas de estradas que me orientam.
À Elvira e sua família, por me albergarem na sua casa, em Moura
À Carolina, minha mãe, por todos os dias acender uma vela de azeite a Nossa Senhora de Fátima.
Paulo Guerra dos Santos
Já está ultrapassada a barreira dos 1000 km, conseguimos sentir a emoção e a proximidade das pessoas que ficam pelo caminho, entender as irregularidades das vias e a imensidão do Alentejo, mas sobretudo, perceber que afinal não existe barreira nenhuma mas sim uma enorme vontade de continuar. Força!
ResponderEliminarQue espectaculo, estou desejosa de poder conhece-lo pessoalmente e sauda-lo por esta grande aventura!!!
ResponderEliminarbjs
Fatima Gambutas
a Bolotinha
107 Km num dia?!?! Ganda maluco!!!
ResponderEliminarVais ficar um atleta de alta competição!!
Não sei se leste ontem, mas a Sofia não caíu e fez 21 Km!
Força! continua!
Estamos a pensar ir ter contigo qd chegares a Lisboa! Só para te dar os parabéns!!
bj
Elvira e Cia
Afinal, nós os Peregrinos das bikes, também temos "bolhas"... não é nos pés mas nos pneus. É muita recta e muito calor. Coragem que quando chegares ao sobe e desce do Norte vais ter saudades disso :) Abraço e continuação.
ResponderEliminarDia duro, hei?!... Como é que está esse peso? Tens monitorizado a massa corporal?
ResponderEliminarAbraço e força,
Francisco
Magui, sem dúvida que o melhor deste projecto são as pessoas com que diariamente contacto.
ResponderEliminarElvira, parabéns à Sofia por ter aguentado. Conto convosco à chegada a Lisboa :)
Fátima, já nos conhecemos hoje, em Estremoz :)
Paulo, realmente isto é só um aquecimento para o Norte e as suas serras.
Francisco, ainda não monitorizei a minha massa gorda, mas digo-te que me sinto incrivelmente bem fisicamente.
A todos, esta volta a Portugal está a ser a experiência mais extraordinária, graças a todos vós. Bem hajam,
Paulo
É com muito gosto que diariamente , enquanto tomo o pequeno-almoço lei mais sobre as tuas aventuras pelo nosso país. Já vimos que dia 9 de Setembro vais passar por Tomar. Vamos sair de Tavira dia 1 de Agosto, e planeamos encontrar-nos outra vez contigo pelo caminho. Gostávamos muito que fosse em Tomar. Fico contente com os 100km. Espero que estejas a descansar mais.
ResponderEliminarContinua o trabalho.
Beijinhos
Ana (Tavira)
Cá o espero.
ResponderEliminarA temperatura para estes lados está um pouco alta.
Um abraço e boas pedaladas.
Caro amigo!
ResponderEliminardescobri o seu blog e não podia deixar de o cumprimentar e dar o meu apoio. Boa viagem.
Vou seguir as suas pedaladas e anexar o seu link no meu blog para divulgar.
Sou um cicloturista do algarve.
Um abraço: Carlos.
Ana, vamos encontrar-nos de certeza, outra vez. Vamos falando.
ResponderEliminarCamponês, relembre-me onde o vou encontrar.
Carlos, já passei aí pelo Algarve. Terra de muitos ciclistas.
Abraço a todos.
Paulo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarViva. Isso é que é uma aventura e por uma boa causa, promover o uso da bici. Eu pratico BTT ao fim de semana, mas o resto do tempo sinto-me um carro-dependente. Se é verdade que as condições das nossas estradas não estão pensadas para o uso da bici, também não é menos verdade que o uso do automóvel é muitas vezes irracional. Porque hei-de usar o carro para fazer aquelas pequenas viagens perto de casa: ir à padaria, ao café, ir às compras, etc. Vou tentar!
ResponderEliminarEntretanto, sobre as bolhas nos pneus, li os conselhos do nosso compatriota Nuno Pedrosa Brilhante, que fez 40.000 km de bici na Pan Americana,
http://nuno-ontheroad.blogspot.com/
e neste site,
http://www.downtheroad.org/Equipment/Bike_Parts/Touring_Tires.htm
Usam os pneus Schwalbe Marathon Plus
Bom... é só uma dica.
Força
Joaquim, obrigado pelas dicas. Abraço.
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