Sistema de partilha de bicicletas no Instituto Politénico de Leiria aqui »»
DESCRIÇÃO 29.08.2010
17:30h - Saída de Pombal
20:00h - Chegada a Leiria
Dia Seguinte:
13:00h - Almoço com membros da wSMS e da C.M. de Leiria
14:30h - Visita ao campus do I.P. de Leiria e teste às bicicletas de uso partilhado
17:00h - Reunião na Câmara Municipal de Leiria
Total do dia: 39 km em 2:20h
Total do projecto: 3642 km desde 22.05.2010
RELATO PESSOAL
A passagem por Leiria marcou mais um ponto neste projecto. Existem pessoas em Portugal a desenvolver sistemas electrónicos de partilha de bicicletas, idênticos aos de Barcelona e Paris, adaptados ao mercado nacional, com bicicletas "made in Portugal". Uma boa notícia na área da mobilidade e qualidade de vida para os centros urbanos do nosso país.
- De Pombal, é possível pedalar pelos "caminhos de Fátima", por estradas municipais de tráfego reduzido, a caminho de Leiria.
- Por caminhos secundários, descobrem-se tradições seculares
- Na Bidoeira, um painel de betão com azulejos desenham um mapa que representa as vias principais da freguesia. Ideal para viajantes como eu, com necessidade de informação mais detalhada que o mapa à escala 1:250.000 que transporto
- Entrada em Leiria, pelo norte da cidade
- Num bairro novo, com boa arquitectura, as vias que o circundam não permitem a circulação de peões em segurança, pela falta de passeios. A mobilidade está comprometida para quem se queira deslocar a pé para o centro da cidade.
- Num protocolo entre o Instituto Politécnico de Leiria, a Câmara Municipal e a empresa wSMS, foi criado o sistema electrónico de partilha de bicicletas (Bike sharing). Ainda em fase de teste, foram colocados dois postos de entrega/levantamento de bicicletas, nos dois campus do instituto, que distam a cerca de 2 quilómetros um do outro. Inaugurado em Março deste ano, conta com cerca de 50 utilizadores registados, cada um com o seu cartão magnético de identificação. São disponibilizadas para já 12 bicicletas, fabricadas em Águeda, pela Órbita. Todo o sistema foi desenvolvido pela wSMS, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria.
- Em tudo semelhante a outros sistemas utilizados na Europa, as bicicletas encontram-se trancadas e ligadas a uma base rígida, em jeito de mobiliário urbano.
- O sistema de tranca é flexível, e encaixa facilmente na base
- Através de um cartão magnético, o utilizador pode escolher qual a bicicleta que pretende levantar
- Após a escolha, o sistema automaticamente desbloqueia a bicicleta, que está neste momento pronta a rolar até ao próximo posto, onde poderá ser entregue e trancada electronicamente após utilização
- A contar da esquerda: João Pedro Silva (investigador e professor do I.P.L), Daniel Pereira e Fernando Carvalho, mentores do projecto wSMS
O João Pedro Silva está a desenvolver um projecto muito interessante na área da segurança rodoviária e psicologia comprtamental do condutor, no âmbito da sua tese de doutoramento. "Artilhou" um automóvel com equipamento de medição de velocidade, aceleração vertical e câmaras de video, que registam dezenas de dados enquanto diversos tipos de condutores passam por 18 passadeiras diferentes, em vias de geometria variada. Apesar de ainda não ter compilado todos os mais de 6000 inputs de informação que tem, já afirma com alguma certeza: o condutor é o principal factor de variação dos resultados.
- Câmara Municipal de Leiria
- Sr. Vereador do Trânsito, Transportes e Segurança Rodoviária, António Carlos Martinho
- A foto da praxe, despois de uma conversa que dá a entender que todos estão a puxar no mesmo sentido, entre a Câmara, o IPL e a wSMS. Falta agora apenas um pouco mais de atitude e coragem para mudar as mentalidades dos munícipes através de campanhas de informação e sensibilização para os modos suaves de transportes e medidas de acalmia de tráfego.
- O Castelo e o centro da cidade de Leiria
Malas, sacos e alforges: 6, com um total de 25kg
Outros modos de transporte utilizados: nenhum
Horas de utilização de computador: 3:00h
Total de visualizações do blogue: 40.167
Amigos no Facebook: 1.564
Carregamento de telemóvel e lanterna: Mala Solar com painéis fotovoltáicos
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
MOTOVEDRAS, pelo excelente equipamento que me cedeu.
DIMODA, pelos fatos da Pierre Cardin que me cedeu, para usar nas cidades.
JP SA COUTO, pelo excelente PC Magalhães 2 que ofereceu para esta viagem
OFF7, pelo cálculo e compensação de emissões de CO2.
Bio Future House, pelas malas com painés foto-voltáicos que me carregam o telemóve e a lanterna.
Instituto Geográfico do Exército, pela oferta dos mapas de estradas que me orientam.
Ao José Candeias, da Antena 1, pelo apoio a este projecto
Ao Daniel Pereira e Fernando Carvalho da wSMS, João Pedro Silva do IPL, Andreia e Paulo da C.M. de Leiria pela simpatia e partilha de informação técnica.
À Sandra Gaspar e sua "família" pela hospitalidade por duas noites
À Carolina, minha mãe, por todos os dias acender uma vela de azeite a Nossa Senhora de Fátima.
Paulo Guerra dos Santos
Fantástico! Sabe bem ter estas boas notícias das terras lusitanas e ter alguém como tu para as difundir. Eu vou estes dias experimentar outros trilhos (visita esta maravilha Paulo http://www.veloland.ch/en/welcome.cfm ). Vou fazer parte da Ciclovia 8. Continuação de boa viagem e um grande abraço. Vou-te seguindo e dando novidades.
ResponderEliminarTorres, muito obrigado por esta hiperligação.
ResponderEliminarNem imaginas como ela me será útil, depois de terminar este projecto.
Um grande abraço para o Porto, da Praia da Pedra do Ouro, Pataias, Alcobaça
Paulo
Boas,
ResponderEliminarPaulo gostei do que vi, em relação aquele sistema de partilha de bicicletas, mas fica sempre uns pormenores para limar, segundo o que vi na foto o sítio onde as bicicletas estão parqueadas não tem qualquer protecção, ou seja, está engraçado o sistema tecnológico mas depois as bicicletas estão ali á torreira do sol e á chuva, tendo em conta que o pessoal ainda não lhe deve pegar muito e acabam por se danificar antes de ser usadas, na foto mostra a bicicleta que soltaram do cadeado com uma camada de ferrugem na cassete (carreto), no desviador e na corrente que até dá dó, e o selim também já esta requeimado do sol.
Sei que em outros países alguns com um sistema idêntico também não tem protecção, mas acho que deviam proteger o investimento que fizeram. É só uma opinião os senhores que não me levem a mal.
Não sei também se aquele parqueamento é perto da porta da universidade ou fica lá longe junto ao campo de jogos que se vê na foto.
Na minha opinião quando se faz um investimento desses devia-se estudar a protecção do equipamento pois acaba por se estragar e o pessoal não lhe pega.
Mas uma coisa é certa é melhor do que aquele que tenho na minha terra, que é nenhum…
Grande Abraço
Nelson
Estremoz
Nelson, a tua sugestão é perfeitamente válida. Contudo lembro que estas bicicletas são de teste, e desde Março, altura em que foram inauguradas, ainda não tiveram manutenção.
ResponderEliminarEfectivamente, noutras cidades Europeias onde existem sistemas semelhantes, também não têm protecção. Fica aqui a tua sugestão.
Um grande abraço.
Paulo