DESCRIÇÃO 14.08.2010
10:30h - Arranque da Torreira, Murtosa
11:20h - Chegada a São Jacinto
11:35h - Passagem de barco para a Barra
11:50h - Chegada à Barra
12:30h - Passeio pela Praia da Barra
15:00h - Visita a Aveiro
Total do dia: 43 km em 2:40h
Total do projecto: 3209 km desde 22.05.2010
RELATO PESSOAL
Chegada à terra das bicicletas, onde muita gente a utiliza como meio de deslocação. Infelizmente, e para meu espanto, nem tudo são rosas.
- A Poderosa e a Ria de Aveiro, à saída da Torreira
- Em São Jacinto, a ver o barco a aproximar-se do cais
- Esta plataforma flutuante transporta automóveis. Na Finlândia, os Ferries são parte integrante da rede de estradas nacionais e gratuitos. Em Portugal são privados, e até as bicicletas pagam.
- Porto de Aveiro
- Já na Barra de Aveiro, um utilizador de bicicleta passeia-se com uma criança. Assim, dá-se uma educação ambiental activa aos mais novos.
- A Poderosa, com o Farol da Barra em fundo
- O Jorge, um adepto fervoroso das bicicletas veio ter comigo à Barra de Aveiro e acompanhou-me pela Ria e cidade de Aveiro
- No acesso a Aveiro e às praias, as pontes têm ciclovias segregadas do trânsito automóvel, partilhadas com os peões.
- Na praia da Barra, existe uma ciclovia em passeio. Na foto, uma família numerosa deslocava-se de bicicleta
- Em Aveiro come-se uma tradicional Tripa com chocolate
- Era este o cenário no estacionamento bici na Praia da Barra.
- Em direcção a Aveiro, uma ciclovia com dois sentidos, segregada da estrada, leva-nos à cidade. De salientar que não está pintada de vermelho.
- Sinalização vertical adequada
- Os Flamingos voltaram à Ria
- Aveiro, cidade de canais
- Loja de aluguer de BUGAS, as Bicicletas de Uso Gratuíto de Aveiro. Muitas delas estavam nas praias, significando que muitos utilizadores requisitam-nas aqui, no centro da cidade, e fazem 8 km até às praias
A meio da tarde, juntou-se a nós o João, utilizador de bicicleta e conhecedor dos meandros políticos da Câmara.
- Nem tudo são rosas em Aveiro. Na zona da universidade, uma ciclovia degradada é utilizada, em tempo de aulas, pelos alunos para estacionar indevidamente os seus automóveis.
- A Poderosa com as salinas em fundo
- O Conrad, utilizador de bicicleta, e a sua filha, Íris
Em Aveiro, a número de utilizadores de bicicleta como meio de deslocação é elevado. Gente de todas as idades desloca-se de bicicleta pelo centro da cidade e pelas praias. Dezenas de bicicleta estacionadas e amarradas, ora em local próprio, ora improvisado, ocupam saudavelmente o espaço público. Parabéns aos Aveirenses pelo exemplo que dão ao resto do portugueses espalhados pelo país.
O mesmo não me parece poder dizer da autarquia. Poucas medidas de acalmia de tráfego, ou de promoção da bicicleta são visiveis pela cidade. Parece-me que os responsáveis da cidade vivem encostados ao sucesso mediático das BUGAS, que rapidamente há 10 anos ganhou fama em todo o país. Exemplo disso, é o estado de abandono de algumas ciclovias, nomeadamente na zona da Universidade de Aveiro, que são utilizadas como estacionamento. As universidade são um pólo de atração de gente, por excelencia. Mesmo que não existissem estacionamentos automóveis, os alunos e professores teriam de continuar a deslocar-se até à universidade. Parece que os responsáveis da autarquia têm medo que a universidade perca alunos. Ganharia certamente muito mais se estimulasse a utilização da bicicleta, em vez do automóvel. Aguardam-se medidas no futuro próximo, que contrariem esta tendência.
Aveiro tem o principal para ser uma cidade ciclável: PESSOAS que utilizam a bicicleta numa base diária. Tudo o resto é o mais fácil, pois as mentalidades por aqui já há muito que estão receptivas para este modo suave de transporte. Nem mesmo o vento forte quase diário serve de desculpa a esta gente. Venham mais como os Aveirenses, e Portugal seguirá o rumo certo em termos de mobilidade e qualidade de vida nos centros urbanos.
DADOS TÉCNICOS para cálculo de emissões de CO2
Malas, sacos e alforges: 6, com um total de 25kgOutros modos de transporte utilizados: nenhum
Duches: 1, de aprox.10 minutos
Horas de utilização de computador: 3:00h
Total de visualizações do blogue: 35.108
Amigos no Facebook: 1.528
Carregamento de telemóvel e lanterna: Mala Solar com painéis fotovoltáicos
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
MOTOVEDRAS, pelo excelente equipamento que me cedeu.
DIMODA, pelos fatos da Pierre Cardin que me cedeu, para usar nas cidades.
JP SA COUTO, pelo excelente PC Magalhães 2 que ofereceu para esta viagem
OFF7, pelo cálculo e compensação de emissões de CO2.
Bio Future House, pelas malas com painés foto-voltáicos que me carregam o telemóve e a lanterna.
Instituto Geográfico do Exército, pela oferta dos mapas de estradas que me orientam.
Ao Jorge e ao João, pela companhia nas pedaladas pela cidade.
À Maria José Valinhas e ao Conrad, pelo hospitalidade em sua casa
À Carolina, minha mãe, por todos os dias acender uma vela de azeite a Nossa Senhora de Fátima.
Paulo Guerra dos Santos
Foi muito agradável poder-te acompanhar aqui por Aveiro :-) -- e tens razão, realmente parece não haver investimento nenhum (ou quase nenhum) da autarquia sobre a bicicleta. Nos anos passados nada foi feito e agora com a crise parece ainda mais difícil virem a fazê-lo. O que tenho visto é mesmo algum cartazes, da responsabilidade da autarquia, a sensibilizar para o uso, vantagens da bicicleta -- não há dinheiro para obras!
ResponderEliminarTirei 2 fotos da nossa viagem Aveiro -> Águeda, coloquei aqui: http://massacriticapt.net/?q=node/1211
Boa viagem e diverte-te! Vou acompanhar o blogue até ao fim :-) -- e vemo-nos novamente em Lisboa, em Outubro, no Bicycle Film Festival: http://www.bicyclefilmfestival.com/lisbon/
Um pouco à Português.... Ganha a fama e deita-te na cama (acho que é assim que se diz....). Realmente não tinha essa noção de Aveiro. Sabia dos investimentos passados mas não do relaxamento presente... Sabia sim, e bem, da exploração que é passar no Ferry com a bike. Num local com tanta zona ciclável de ambos os lados e tão boas praias é uma pena haver esse "roubo" no meio. Boas pedaladas Paulo e continuação...
ResponderEliminar"Realmente não tinha essa noção de Aveiro. Sabia dos investimentos passados mas não do relaxamento presente..." --> o "relaxamento" não é só presente, tem sido nos anos passados. Se fosse só presente, actualmente estaríamos bem, mas estamos mal devido à não existência de investimento em políticas de mobilidade suave, como boas zonas pedonais, passeios e zonas cicláveis.
ResponderEliminarAveiro tem o potencial, porque aqui tudo é plano. Estamos a 10km do mar e não há um via ciclável que estimule as pessoas a irem à praia de bicicleta! E no centro da cidade, bem, não há mesmo nada!
Paulo Santos, não sei se é propositado ou limitação do teu "Magalhães", mas as fotos que colocas no blogue são todas pequeninas, não é possível ver detalhes das fotos -- tens fotos bonitas mas infelizmente assim não dá para ver bem os locais e pessoas que tens registado.
Olá Paulo, tenho acompanhado o seu blogue quase diariamente e devo confessar que o seu projecto é simplesmente fantástico, é com orgulho que vejo pessoas defenderem o uso da "ginga". eu prórpio gostaria de usar mais a minha, mas visto ser de uma cidade com alta inclinação(Guarda) e em que não se aposta minimamente no uso da bicicleta isso torna-se quase impossivel.
ResponderEliminarForça com o projecto e boa sorte
Ricardo Veiga
jorge Casaínho, apesar de a Câmara Municipal de Aveiro não promover no terreno a utilização da bici, podemos nós dar o bom exemplo, utilizando-a. Com essa atitude, pressionamos os responsáveis autárquicos, com muito mais força.
ResponderEliminarO tamanho das fotos deve-se à placa de banda larga, cuja velocidade é limitada. Por isso, reduzo o tamanho das fotos antes de as colocar no blogue. O Magalháes 2, esse, é uma grande máquina.
Paulo Torres, apesar de tudo, a bicicleta só paga 0,50€. Menos mal, num trajecto de 15 minutos, muito bonito.
Ricardo Veiga, já passei pela cidade da Guarda, e visitei-a de bicicleta. Além disso, o Rui Souza, trabalha aí, e desloca-se diariamente de bici pela cidade. Quando se quer algo com muito intensidade, não desistimos à primeira dificuldade. Também eu usava a desculpa das "7 colinas", para não usar a bicicleta em Lisboa. Depois de realmente experimentar a sério, essa dificuldade foi ultrapassada.
Um grande abraço a todos.
Paulo
Paulo, foi um prazer receber-te na nossa casa e pedalar contigo por Aveiro. Gostaria de te ter mostrado muitas coisas em prol da bicicleta na cidade mas como já dissseste, não é isso que se passa. Eu vou fazendo o meu papel usando a bicicleta na cidade, sempre que me é possivel. No meu blog fica o registo da tua passagem por Aveiro (http://coresaosmolhos.blogspot.com/2010/08/mais-uma-vez-bicicleta.html),
ResponderEliminarBoas pedaladas, Zé V.