terça-feira, 17 de agosto de 2010

Dia 72 - Aveiro a Águeda

100 DIAS SEM EMISSÕES - OFF7
Cálculo da poupança e das emissões de CO2 associadas ao projecto dos "100 dias". Mais informação aqui


DESCRIÇÃO 16.08.2010
10:15h - Arranque de Aveiro
12:15h - Chegada a Águeda
14:30h - Reunião na Câmara Municipal de Águeda
15:30h - Visita à fábrica da Órbita
16:30h - Passeio pela cidade com bicicletas eléctricas

Total do dia: 38 km em 2:45h
Total do projecto: 3247 km desde 22.05.2010

RELATO PESSOAL
Águeda é terra de tradição no fabrico de veículos de duas rodas. Órbita e Famel, entre muitas outras, tiveram o seu apogeu em décadas idas. Infelizmente, muitas destas marcas desapareceram, e com elas a força de trabalho. Mas timidamente, a indústria mostra sinais de recuperação, e novas gerações de empresários ocupam o lugar dos seus pais recuperando negócios, tradições e postos de trabalho.

- A saída de Aveiro fez-se com a despedida da minha família de acolhimento das duas últimas noites. Obrigado Maria José e Conrad, pela simpatia, hospitalidade e lições sobre energia da mente sobre o corpo.

- Esta etapa não se fez sozinha. Jorge e João acompanharam-me nestes 20 quilómetros até Águeda, mostrando-me caminhos alternativos.

- Á entrada de Águeda, a indústria das duas rodas mostra-se, apesar de tímida. Esta passagem por Águeda fez-me perceber mais uma vez a importância que a bicicleta pode ter na ajuda à recuperação da economia portuguesa. Milhares de postos de trabalho poderão ser criados nos próximas anos, com os incentivos à utilização da bicicleta como meio de transporte. Bicicletas, componentes e acessórios, fabricação, manutenção e reparação, aluguer e exportação poderão ser um ponto de viragem para esta indústria onde temos um Know-how de fazer inveja.

- Já em Águeda, ao almoço, enquando aguardávamos a recepção preparada pela C.M. de Águeda.

- Em reunião na Câmara Municipal de Águeda com Elsa Corga, Jorge Almeida (Vice-Presidente da Câmara) e outros técnicos que não ficaram na fotografia.

- Depois a reunião na câmara, visita à fábrica das bicicletas Órbita. Na foto, o seu modelo de bicicleta eléctrica. A órbita tem modelos em todos os segmentos de mercado: estrada, montanha, cidade, lazer, eléctricas, crianças, carga e tamdem.

- É muito interessante a informação disponibilizada pelo mostrador electrónico destas bicicletas eléctricas: velocidade, distância percorrida, carga da bateria, e modo de condução em plano ou em subida, para controlo da potência.

- A confirmação que eu aguardava há muito: são de marca portuguesa as bicicletas que circulam nas ruas de Paris, no sistema de partilha gratuita "Velib". 22 Mil bicicletas iguais a esta percorrem diariamente a Cidade Luz. Um orgulho nacional, infelizmente muito pouco promovido.

- O modelo "dois lugares" da Órbita.

- Na foto, a contar da esquerda, Jorge Almeida (Vice-Presidente da Câmara de Águeda), Paulo Santos, Aurélio Ferreira (Responsável da Órbita), João Oliveira (Aveiro) e Luís Arruda (C.M. Águeda)

- O Vice-Presidente da Câmara é o primeiro a dar o exemplo. Aqui, a pedalar com uma bicicleta eléctrica

Pouco mais há a escrever sobre este magnifico dia dedicado à mobilidade e aos modos suaves de transporte, Fica aqui a hiperligação para a página da C.M de Águeda na alusão à passagem do projecto dos "100 dias" pela cidade.

DADOS TÉCNICOS para cálculo de emissões de CO2
Malas, sacos e alforges: 6, com um total de 25kg
Outros modos de transporte utilizados: nenhum
Duches: 1, de aprox.10 minutos
Horas de utilização de computador: 3:00h
Total de visualizações do blogue: 35.506
Amigos no Facebook: 1.534
Carregamento de telemóvel e lanterna: Mala Solar com painéis fotovoltáicos

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
MOTOVEDRAS, pelo excelente equipamento que me cedeu.
DIMODA, pelos fatos da Pierre Cardin que me cedeu, para usar nas cidades.
JP SA COUTO, pelo excelente PC Magalhães 2 que ofereceu para esta viagem
OFF7, pelo cálculo e compensação de emissões de CO2.
Bio Future House, pelas malas com painés foto-voltáicos que me carregam o telemóve e a lanterna.
Instituto Geográfico do Exército, pela oferta dos mapas de estradas que me orientam.

Ao Jorge e ao João, pela companhia nas pedaladas até Águeda.
A toda a equipa da Câmara Municipal de Águeda pela excelente recepção e acompanhamento em Águeda.
À Órbita, Bicicletas de Portugal, pela visita às suas instalações.
À Daniela (C.M. de Águeda) e Marco (couchsurfing) pela partilha de experiências

À Carolina, minha mãe, por todos os dias acender uma vela de azeite a Nossa Senhora de Fátima.

Paulo Guerra dos Santos

10 comentários:

  1. quero deixar aqui mais uma vez cumprimentos ao meu amigo Paulo.

    Sou da terra das "minis de rosca", Estremoz.
    Estás recordado.

    Bom, mas falando de bicicletas queria deixar aqui o meu pensamento sobre a fabricação portuguesa da mesma: Como nós todos sabemos muitas bicicletas que utilizamos são mesmo portuguesas, embora sempre conotadas por má qualidade, e deixem-me dizer que sei do que falo.
    Quando comecei a investir a sério, tal vez no ano de 2000, procurei dentro das marcas nacionais uma bicicleta que me satifizesse, mas não encontrei, mesmo da marca referida na peça.
    Acabei por comprar uma de marca americana com quadro feito em taiwan. As marcas portuguesas acordaram tarde, hoje as marcas importadas tem lojas especializadas de alta qualidade de produtos e serviços e ainda hoje são raras as lojas que essa qualidade de serviços que apostam em material portugues. Falta investimento nesse sentido, pois sei que hoje a marca em causa já possui artigos de grande qualidade, mas raramente se encontram em esposição nas lojas especializadas, são normalmente remetidas para as oficinas das motorizas, famel, schass, etc...
    O portugues sabe que lá existem bicicletas portuguesas baratas, mas então e com que qualidade?

    Nesse sentido fica aqui o apelo aos construtores portugueses.
    Sei ainda que existe uma marca portuguesa que fabrica quadros de alta qualidade em carbono, na zona de braga e tem normalmente pintura verde, são caras, mas de qualidade bem superior às importadas, embora sejam fabricadasa muito poucas.
    Um Abraço
    Rui Cercas

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  2. A cada dia aprendo com a experiência que o Paulo partilha neste blog. Desejo que seja possivel passares todo esse acomulado de saber para as folhas de um livro. Abraço Paulo e força.
    Antonio Parente
    Viana do Castelo.

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  3. Caro Rui Cerca,

    A Órbita tem tres quadros diferentes em Carbono e de boa qualidade. Os preços variam em relação ao conjunto pedaleiro da Shimano colocado (uma tem o XTR outra o mais recente XO). Também tem um bicicleta de estrada linda em Carbono. É so escolher ;)

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  4. Que vergonha a bicicleta eléctrica da Órbita! É igual às chinesas, não sei onde estará o valor acrescentado dessa bicicleta.

    A bicicleta é cinzenta, sem cor, apenas com os autocolantes em vermelho a dizer Órbita. O design da bicicleta é muito foleiro!! Como é que alguém pode desejar comprar essa bicicleta?

    Como é que podemos evoluir assim com maus produtos? com maus exemplos?

    E eu só de Águeda e já comprei bicicletas na Órbita -- a minha última tive de lá ir trocar após chegar a casa, porque o quadro vinha empenado - mesmo falta de aposta na qualidade :-(

    Fico tão triste com essas bicicletas da Órbita... comparem com outras estranjeiras como esta: http://www.electrabike.com/

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  5. Rui, não tendo experiência com a marca Órbita, verifiquei que neste momento a empresa tem todo o tipo de segmento, desde o mais barato, ao mais evoluído tecnicamente.

    António, obrigado pelo teu apoio. Abraço para Viana do Castelo.

    Casaínho, já alguma testaste alguma bicicleta eléctrica? Dos 3 modelos que testei, este último da Órbita até foi dos que melhor desempenho teve. Apenas a melhorar a suspensão, pois esta é muito "dura" em piso degradado ou em paralelos e o peso. O design é do tipo citadino, utilizado em países desenvolvidos como a Holanda, Alemanha ou Finlândia. Em todo o caso gostos não se discutem e em Portugal ainda não se utilizam muito este tipo de modelos.

    Um grande abraço a todos e boas pedaladas.
    Paulo

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  6. Boa Noite novamente

    Faço um reparo aos comentários efectuados depois do ultimo meu:

    A maior crítica não vai para os novos modelos da marca orbita, tal como disse no texto, mas sim para os de à 10 anos atrás.
    No que diz repeito à potitica de marketing, antiga e actual julgo que devia ser mais atenta às evoluções da forma como distribuir e vender nomeadamente investir em lojas especializadas marca orbita, bem como fazer uma relançamento da marca e chegando aos consumidores onde eles existem, posso dar o exemplo da loja da specialized no forum Almada, que suriu timidamente e agora ocupa um lugar de destaque em loja tamanho de uma sportzone.

    Acho que foi um bom "olho para o negócio".

    Um abraço para todos os seguidores do blog e um especial para ti Paulo.

    Rui CERCAS
    Estremoz

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  7. "Casaínho, já alguma testaste alguma bicicleta eléctrica?"

    Sim, tenho conduzido a minha eléctrica, que eu mesmo montei, após comprar as peças na China (este mês). Olhando para a foto dessa bicicleta eléctrica da Órbita, dá para ver que o motor eléctrico e bateria são os "dos Chineses", tal e qual os que comprei -- ver aqui: http://www.bmsbattery.com/

    Ou as minhas expectativas a nível do design/cor são muito altas ou então essa bicicleta eléctrica da Órbita é feia.

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  8. Rui Cercas, tens toda a razão em termos de marketing. Por vezes falta a visão e a capacidade de arriscar na promoção de uma marca.

    Casaínho, achei curioso teres sido tu a montar a tua "eléctrica". Podes mandar-me um foto por mail?

    Um abraço a todos e obrigado pelo apoio.
    Paulo

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  9. Escrevi uma mensagem de blogue onde coloquei várias fotos, aqui: http://massacriticapt.net/?q=node/1213

    Está Poderosa a minha eléctrica ;-)

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  10. Boa noite, gostaria de saber onde posso encontrar um representante Órbita, em Lisboa, com a maior variedade de modelos Órbita electrica!

    Obrigada

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