09:00h - Arranque de Guimarães
10:20h - Chegada a Braga
18:00h - Visita ao Bom Jesus de Braga
Total do dia: 40km em 2:25h
Total do projecto: 2764 km desde 22.05.2010
RELATO PESSOAL
De regresso à bonita cidade de Braga, hoje no dia certo do calendário dos "100 dias"
- Os amigos Xavier e José Cunha, que me acompanharam nesta etapa
- Em Braga, os jardins são uma presença forte. Praças circulares ou oblongas, com pavimentos em blocos de basalto, ajustadas à escala humana e ao peão.
- A praça central, com fontes, e sem tráfego
- Largo do Paço, pedonalizado
- As bicicletas estão na moda. Na foto, uma "Solex" na montra de uma loja de roupa.
- Uma das muitas ruas pedonalizadas do centro de Braga
- Braga está em festa, este fim-de-semana
- Tempo ainda para uma visita ao Bom Jesus de Braga, a 7 quilómetros do centro da cidade.
Braga foi uma cidade que me impressionou, primeiro pela negativa, e depois apaixonou-me. Ao entrar-se na cidade, fica-se com a sensação que só existem vias rápidas, com 3 vias em cada sentido, túneis e viadutos, cruzamentos semaforizados e trânsito intenso. É assustador para um ciclista circular nas vias que circundam e entram na cidade, pois não existe berma ou sobrelargura, e em alguns troços o pavimento encontra-se degradado. A falta de "verde" é também notada.
Mas ao entrar-se no centro da cidade, parece que se entra noutro mundo. Um mundo adaptado ao peão, onde existem cada vez mais ruas cortados ao trânsito, largos com jardins, espaçosos passeios com esplanadas, ruas inteiras de comércio onde não entram automóveis. Um paraíso para um utilizador de bicicleta, pois ainda por cima esta cidade tem inclinações planas ou suaves, tornando o pedalar num prazer sem esforço. Foi a primeira vez em Portugal que me senti, numa área urbana populosa, a pedalar com condições de conforto e segurança, longe do automóvel em zonas de trânsito proibido, ou em vias reperfiladas que promovem a tão desejada acalmia de tráfego. Braga é até ao momento, das cidades que foram visitadas, a que está a criar as condições necessárias para que se possa promover a utilização da bicicleta como meio de transporte, reduzindo o tráfego e a sua velocidade no centro da cidade. A criação de parques de estacionamento subterrâneos também incentiva a redução da utilização do automóvel.
É de congratular o esforço da autarquia na negociação com comerciantes e moradores, para conseguir o fecho de ruas, alterações ao sentido do trânsito, remoção de estacionamentos à superfície, etc ... pois certamente que não é fácil atingir o consenso, quando muitas vezes se acha que são os automóveis que trazem clientes e desenvolvimento.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
MOTOVEDRAS, pelo excelente equipamento que me cedeu.
DIMODA, pelos fatos da Pierre Cardin que me cedeu, para usar nas cidades.
JP SA COUTO, pelo excelente PC Magalhães 2 que ofereceu para esta viagem
OFF7, pelo cálculo e compensação de emissões de CO2.
Bio Future House, pelas malas com painés foto-voltáicos que me carregam o telemóve e a lanterna.
Instituto Geográfico do Exército, pela oferta dos mapas de estradas que me orientam.
Ao José Cunha e Xavier, por me terem acompqanhado nesta etapa.
À Heidi e ao Bruno, por me terem acolhido em sua casa, em Braga
Ao Jorge Vilela, por me ter acompanhado em grandes conversas sobre arquitectura, urbanismo e outras coisas raras em Portugal.
À Carolina, minha mãe, por todos os dias acender uma vela de azeite a Nossa Senhora de Fátima.
Paulo Guerra dos Santos
Parabéns Paulo pela excelente iniciativa! Tenho acompanhado este projecto desde o inicio do blogue e acho não só o conceito fantástico, como muito eficaz a passar a mensagem. Deve também ser uma aventura única... Espero ter honra de pedalar contigo numa das etapas de regresso à capital.
ResponderEliminarUm abraço e boas pedaladas!
Miguel Bessa
Olá Miguel. Obrigado pelo apoio.
ResponderEliminarEspero estar a conseguir passar a mensagem, um pouco por todo o país, através do exemplo.
Conto contigo numa qualquer etapa, destas 40 que faltam.
Abraço.
Paulo
Paulo, quando "tentei visitar" Braga acabei por não conseguir chegar ao centro pois andei meio perdido nas tais vias rápidas, preso no trânsito e a certa altura fiquei tão desiludido que dei meia volta e voltei para trás (confesso que não tinha muito tempo na altura).
ResponderEliminarSe realmente para lá das "muralhas" de vias rápidas a cidade é como descreves, terei mesmo que voltar a fazer mais uma investida para conhecer a cidade. ;) Aprecio bastante cidades onde se possa simplesmente andar a pé para todo o lado, a passear ou a fazer compras. Só assim se pode ficar a conhecer bem uma cidade, não através dos vidros de um automóvel.
Paulo Ribeiro, compreendo perfeitamente a tua "decepção", mas na realidade é isso mesmo que se pretende: afastar o trânsito automóvel do centro da cidade, empurrando-o para fora. Não se pode querer visitar uma cidade sem carros, dentro do nosso automóvel :) Existem diversos estacionamentos em redor de todo o centro, e alguns estacionamentos subtarrâneos pagos, bem no centro da cidade, onde deixar o carro. Mas acredita, não te vais arrepender de andar a pé pelas ruas pedonalizadas ou de tráfego reduzido do centro da cidade. E não serás o único, pois a cidade fervilha de gente.
ResponderEliminarAbraço.
Paulo
Terás sempre um lugar para ficar em Braga já sabes, se resolveres voltar a pedalar para estes lados:)
ResponderEliminarFica aqui um: de nada!
Espero que o projecto continue a correr sempre bem e que seja cada vez mais enriquecedor :D
Continuação de boas viagens e belas paisagens, beijo